sábado, outubro 01, 2005

Amar...

Amar... Cedo, aprendemos a amar sem perceber porquê. Penso que a primeira coisa que fizemos quando nascemos, ou mesmo antes, foi amar aquela que nos entregou ao mundo, aquela que nos mostrou o amor, o nosso primeiro amor! Ainda sem consciência do que era aquilo que nos tomava aos poucos começámos a amar, sem sabermos que esse era talvez o amor mais seguro que podíamos ter ao longo e para o resto da nossa vida. Com o tempo começamos a amar mais coisas e, já a certa altura da nossa vida, isso já nos parece ter uma razão de ser, já existe uma consciência da sua existência, mas mesmo assim sem conseguirmos definir o seu significado.

Amar é uma constante na nossa vida e o tempo faz-nos descobrir imensos tipos de amor. Aprendemos a amar, amamos sem querer, somos felizes e somos infelizes! O amor existe e é difícil fugirmos dele. Por mais desilusões, por mais ódio que possamos ganhar o amor presenteia-se a nós e na nossa vida sem nos dar a oportunidade de impedirmos a sua visita.
No entanto, é tão difícil conhecer a sua definição...

Amar é talvez não saber...
É querer sem perceber...
É incontrolável!
O amor não se mede, apenas se sente.
E amor não é maior ou menor.
Simplesmente é ou não é!

Quando a certa altura da vida somos invadidos por esse sentimento descontrolado por alguém, ficamos tão atordoados que deixamos de perceber o mundo como ele se apresentava para nós. Até então apenas conhecíamos as velhas facetas do amor simples e seguro pelas pessoas que nos criavam e que nos aconchegavam o corpo e a alma, nos protegiam. Mas nesse momento em que alguém suscita em nós uma forma de amor mais instável e louca de viver percebemos que afinal nem tudo é como sempre pensámos que fosse!

Tudo muda!
O amor muda-nos.
Queremos mais do podemos.
Custa respirar.
Pensamos demais.
Temos medo.
Desejamos.
E a vida é linda.
E apetece morrer.
É o sentimento mais forte, mais lindo e doloroso.
É prazer.
É tortura!
É, talvez liberdade...
O cárcere da nosso pensamento.

Amar...
Desde sempre e para sempre tão difícil... E tão lindo... Um sentimento incógnito da existência humana! Não vale a pena negá-lo ele vai existir.
Fugir? Para quê? Ele acaba por nos perseguir até que a morte o impeça...

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