sábado, abril 18, 2009

Hipócritas

Um mergulho profundo em mim ou no que me rodeia, e o que encontro eu? Migalhas de seres que deambulam pela vida? Vagas origens e descendências do bem? Penumbras de ideias e valores por se cumprirem? É esta a essência da vida que defendemos dia-após-dia?
Criticamos o mal e concretiza-mo-lo na obscuridade dos nossos actos, como se a crítica pudesse valer o mal que fazemos. Olhamos para os lados quando procuramos o mal e desviamos o olhar quando o bem clama por nós. Será, esta hipocrisia, imponente o suficiente para não ser desmascarada por cada um de nós? Ou seremos nós burros?

Não acredito que todos saibamos concretamente o real valor das nossas atitudes.
Para alguns a sua hipocrisia é uma defesa inconsciente que tenta por força defender as suas fraquezas. Seres que se humilham às suas qualidades de seres errantes e se entregam ás suas carências, aos seus lânguidos desejos.
Para outros a consciência faz deles mesmos seres hipócritas. Fazem o mal, pela calada, conscientes dele e defendem-no criticando o próximo a cometer o mesmo mal, para sobre este recair todo o pecado e sua culpa.
Como é cruel a realidade de seres a quem foi oferecida a racionalidade como meio de se protegerem do mal e que antes a usam para a procurar sem se sentirem pecadores. Bárbaros, selvagens, abomináveis criaturas que não merecem o cérebro que têm, façam de vós criaturas ainda mais bárbaras, selvagens e abomináveis e destruam-se. Destruam-se com tanta hipocrisia que cedo verão isso concretizado.