sexta-feira, novembro 25, 2005

Não quero mais ter medo de ti!

Depois da vida penso agora na morte. O medo instala-se e tremo só de pensar. Inclino-me mais em acreditar que somos simples animais, seres como todos os outros, apenas dotados de racionalidade, e que temos um período de tempo incerto na forma de humanos e quando morremos tudo termina, que não existe nada mais além do que a existência na terra. Somos matéria e apenas temos uma parte de nós conjugada de tal maneira que nos faz ter esta estranha forma de consciência que julgamos ser diferente dos outros seres. Além destes momentos que denomina-mos vida não temos mais nada. Sei que me assusta ver as coisas desta maneira, mas parece-me ser a mais correcta.
Tenho medo de perder determinadas pessoas à minha volta, de perder momentos com elas, tenho medo de desaparecer sem conseguir realizar tantos sonhos que tenho, sem ter dito ou feito tantas coisas que quero, mas que ainda não tenho coragem. Por isso tenho medo da morte. Assusta-me ver esse fundo preto por detrás da nossa existência. Perturba-me não encontrar sentido para a vida encarada desta forma. Preferia acreditar num Deus, numa constante encarnação de almas... assim já não teria tanto medo da morte. Essa que me afasta de tudo o que amo e que me impede de continuar a amar.

Deixo cair lágrimas inconsoláveis no meu rosto pelo desespero de não conseguir acreditar em Fadas e Deuses e mundos encantados e felizes que expliquem o final da nossa vida por aqui... O medo da cobardia de mostrar que amo as pessoas da minha vida e de um dia perder a oportunidade abala-me, mas não me dá forças!

Deveria sorrir por poder sentir tantas coisas boas nem que seja apenas por alguns anos...
Deveríamos todos sorrir e aproveitar!

Talvez seja isso que me vá ajudar a perder o medo... É mesmo isso! Vou amar a vida e os seus momentos felizes. Vou amar quem me quiser também amar. Vou começar a ignorar a tristeza e o medo. Quem me quer bem e tudo o que me faz bem merece a minha atenção, o resto não importa! Afinal depois de tudo isto não existe mais nada, para que guardar amargura e sofrimento.

Mundo que me ignoras esquece-me, porque eu vou tentar esquecer-te!

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