quinta-feira, novembro 17, 2005

A sonhar...

Eu podia ser um simples corpo físico
um gota ou uma pétala
podia ser um raio
luz ou chama
Podia ser uma pedra...
Ser um átomo, até!
Eu podia cair sobre as colinas
como a chuva
Podia assobiar pelos horizontes
como o vento
Florescer como as flores...
Encandear o mundo
como o sol!

Tudo o que eu podia, mas não posso...
Tudo o que não me espera ser um dia...
O que não sou!


Entre o sonho e o real a distância não se vê. É tão longe a sua linha que não tem alcance. Eu já procurei a ligação mais próxima, e ainda não encontrei!
Pensar no que não se pode tendo conhecimento disso é desalinhar-nos da nossa consciência. Eu posso sonhar mas não devo exagerar. Não me posso deixar envolver pela fantasia e simplesmente descarrilar... O que eu desejo, o que eu anseio é a verdadeira consistência dos meus sonhos. Daí extraio toda a divagação. Porém também posso inventar e desejar por desejar... O sonho não tem regras. Eu posso escolher. E se quiser divagar ainda mais, assim o farei! Só não me posso esquecer do que estou a fazer...
A sonhar!
Simplesmente a sonhar!

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