segunda-feira, novembro 21, 2005

Razões...

Olho á minha volta e procuro razões... Mas razões para quê? Para ser feliz ou infeliz? Porque é que simplesmente não sigo o meu caminho sem fazer estas questões? No mundo, uns seguem outros ficam a ver seguir. Mas cada um tem os seus objectivos e o meu parece não ser simplesmente seguir. Eu gosto de ver, de reflectir, de procurar razões e por vezes atropelo-me com tantos pensamentos e só me salvo quando alguém me ajuda a desençarilhar dos nós que faço.
Sou capaz de me deleitar com o prazer do momento, assim como sou capaz de o questionar. Vivo e penso quando deveria apenas viver. Sou fácil e díficil de entender. Mas o mundo também!

Ontem à noite, estava eu á janela do meu quarto, sem pensar em nada de especial, quando reparei num casal, já com os seus 50 e poucos anos, que passeava o seu cãozito no jardim do nosso bairro. Fiquei a pensar como viam eles a vida. Eles devem ter as suas preocupações. Os filhos que cresceram e os netos que podem já ter, as contas que todos os meses têm que se pagar, o país que anda mal, as doenças que começam a chegar com mais frequência, a vizinha nova que faz muito barulho... As preocupações do quotidiano... Um casal que vive junto à cerca de uns 25 anos, digo eu pela idade do filho mais velho, e que passeia calmamente pelo jardim do bairro. Os sonhos que já devem ter tido e que nunca realizaram, as desilusões que já viveram, os momentos lindos das suas vidas que nunca vão esquecer, o tempo que já passou e não volta mais! Ainda se amam, pelo jeito com que andam, ainda devem fazer amor à noite, talvez não como antigamente, mas com amor... E têm-se um ao outro para o bem e para o mal... Para quê perderem tempo a procurar razões, se a vida lhes foi trazendo as que eles precisavam conhecer?

Assim me pergunto eu, o que quero eu procurar... Assim também o mundo se deve questionar. Pequenas coisas fazem as grandes. Por vezes nem precisamos entendê-las! Razões? Razões para quê? O amor é a razão maior. Com ele tudo o resto se torna mais fácil de viver... e mais bonito, também!

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