quinta-feira, maio 19, 2005

Rumo ao rumo do desconsolo!

Á deriva pelo mar de encantos e desencantos que a vida me revela, vou encontrando, sem querer, portas que se abrem e se fecham num percurso instintivo que percorro.
Tanto me vejo frente ao incrivel cenário que desejo ver como logo avanço por entre as negras desilusões dos meus passos. Escolho o que por instantes se mostra mais certo e enquadrado com o meu instinto, mas ele não se mantém como deveria e alterando-se o instinto, altera-se o meu rumo.

Descanso no berço encantado da natureza que se enfeita com os mais variados verdes de todo o mundo, com as cores vivas das flores de aromas doces e suaves e das aves que cantam as melodias mais originais e sedutoras e com o azul enfeitiçante do céu iluminado pelo intenso sol que me aquece a alma. Consigo encontrar a paz e a harmonia das minhas emoções. Adormeço numa calma extasiada pela conquista de mim mesma... dos meus instintos. Mas logo acordo e abro os olhos na maior escuridão da minha existência. Era só um sonho e nada mais! Vejo a chuva brotar do céu cinzento sobre o meu corpo desnudado, gelado e desprotegido, desamparado sobre as rochas em que me encostei tal era o cansaço e a fraquesa para avançar. Um silêncio, uma tristeza e frieza de vida instala-se em mim. Mudança inexplicavel pela minha essência ou pela minha ambição. Mudança talvez do rumo que imaginei para mim...

No fundo quero tanto esse rumo que idealizei que acabo por me desencontrar dos que me encontram... Recuso-me a vivê-los e vivo no eterno desconsolo de não os ter vivido!

Sem comentários :