quarta-feira, dezembro 12, 2007

Não queria acordar assim!

Escondida numa obscuridade que não existia...eu mesma no meio de cortinas que inventava para não me poder ver!
Suspiros de um ser que se contraria diante da dor! Que se revolve em discussões internas, que fecha os olhos como se tentasse fechar o coração!
Descobri-me assim! Parecia uma criança que tentava enganar o mundo... Como se conseguisse! Rio agora dessa vontade de querer iludir, rio porque sei que é inútil e incapaz! Poderá resistir a pequenos sopros do tempo, mas nunca a vendavais ou ao próprio tempo! É uma defesa indefesa a si mesma! É uma falsa defesa que mais tarde ou mais cedo se iria desmoronar...

Agora dispo-me à verdade, ao frio, à loucura e tentarei ser eu! Tentarei assumir os espinhos das rosas que carrego comigo, libertar os meus sorrisos e lágrimas escondidas...

Sim! Dizer sim! Eu sofro! Não sou imune a esse rebelde sentimento! E sinto-me mais leve por assumir essa verdade! Sinto-me autêntica! Sinto-me eu!

Tudo começou enquanto velejava o meu barco encantado. Balançava nos braços da magia que acolhia a cada momento que passava. Sentia o meu coração preenchido e sentia-me verdadeiramente amada. Apesar de tempestades que, por vezes se avistavam, conseguia sempre controlar o barco e nunca me perdia da minha rota... Eu e ele numa viagem encantada pelos mares da vida... Dois passados que se encontravam num presente e construíam um futuro apenas, juntos naquela viagem para toda a eternidade!

Estava tudo tão bem definido quando uma onda enorme me abalroou... Perdi os sentidos! Tudo se desorientou... Acordei sozinha! Sem barco, sem maré, sem rota, sem ele... Não sei ao certo que nos aconteceu... Quando acordei já tudo tinha sido desfeito!
Senti-me revoltada! Evitei a tristeza...

E tudo começou assim!

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