quinta-feira, janeiro 24, 2008

O tempo passa!

A chuva cai e molha... O tempo passa e seca! Enquanto dura, ela, molha e molha e chega mesmo a encharcar... Mas logo passa o tempo e tudo seca. Ás vezes é preciso mais, ás vezes menos, mas com o passar do tempo seca!
O sol vem e aquece... O tempo passa e arrefece! Enquanto dura ele aquece, aquece e chega mesmo a queimar... Mas logo passa o tempo e tudo arrefece. Ás vezes é preciso mais, ás vezes menos, mas com o passar do tempo arrefece!

Com o passar do tempo...
Pois é na vida tudo com o tempo vai mudando de sentido, ganhando ou perdendo formas, vai passando! O presente parece interminável até nos darmos conta que já não passa de uma simples recordação... A dor pode-se assemelhar a um punhal que carregamos e nos faz jorrar sem parar a nossa essência, mas a certa altura, porque há sempre essa altura, a certa altura o tempo arranca esse punhal e crava apenas na nossa memória uma recordação, uma cicatriz, por vezes, mas que já não doí, pelo menos não tanto como aquele punhal do passado! E o tempo vai passando e passando e naquele lugar pode nascer uma flor, uma estrela, qualquer coisa que nos faça ressuscitar para um novo momento de felicidade.

Mesmo que o relógio parasse naquele momento único que nos eleva ao divino, mesmo assim o tempo não conseguiria evitar que a certa altura esse momento já não nos oferecesse o mesmo prazer.

Mas que seríamos nós se vivêssemos sempre as mesmas emoções? Que gozo teria? Viver parado no tempo? Para quê? Nós somos filhos do tempo, mistura de dor e prazer. Somos porque o tempo nos faz! ...e ainda bem!

É por isso que vivo! Sou capaz de sentir e quero sentir! Quero sofrer, rir, cair, levantar-me! Já esfolei os joelhos, já cantei à chuva, já sofri de amor, já sonhei, mas quero mais, quero o tempo a passar por mim e vive-lo como tiver que ser!

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