terça-feira, janeiro 17, 2006

Sabores que perduram... ou talvez não!

Por mais que eu procure irradiar luz e certezas, sonhos e paixões, cores e vida, não consigo sair da sombra do que, em tempos passados, abandonou no meu olhar poções de tristeza e receios. Provei temperos que me deixaram o gosto amargo e ainda me custa saborear certos doces da vida. É como quando se começa a fumar e se perde o paladar das coisas... Em mim ficaram os medos e a paranóia de que tudo tem sempre contras e defeitos. Quando sinto bem perto de mim o aroma da felicidade, a vontade de a viver mistura-se com o receio de esta ser apenas uma ilusão e eu tornar a sentir aquele sabor amargo no meu coração. Temer assim o que me pode libertar, só me afasta do prazer e da paz de descansar eternamente estes receios. Fico presa a eles e por mais que a minha consciência os tente ignorar, a minha recordação regressa a mim como se nunca deixasse de ter existido e nunca se tivesse tornado no meu passado. Sei que uma queimadura de sol não regressa em cada nascer do sol... Não devo temer... Mas que faço eu? Acredito que a minha guerra com estas recordações terá o seu término quando eu me entregar completamente aos riscos e ao prazer... Poderei sempre sofrer, mas também poderei vencer! São riscos... E... "Quem não arrisca não petisca!!!!"

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