sexta-feira, janeiro 13, 2006

Errar conscientemente

Hoje, ouvindo o mundo que me rodeia, pensando nele, observando-o, apercebi-me, mais um pouco, do quanto é reduzida a informação que vem até mim... Nem tudo o que vejo é exactamente assim... nem tudo o que escuto... O que mais me incomoda é aquela informação que não vem de um mundo qualquer, mas sim do meu! Falo de pessoas... como se pode calcular. Mas não apenas das outras pessoas mas de nós mesmos.

A humanidade sempre precisou de acreditar em algo que justificasse a sua existência. Sempre procurou razões, mitos, crenças... Acreditar é uma necessidade do ser humano e está presente na nossa história. Numa forma mais reduzida podemos ver que em cada casa existe uma necessidade de confiança, em cada coração existe sempre uma vontade inerente a nós de acreditar em alguém. Se o mundo nos mostra que tal não é possível resta-nos apenas acreditar em nós mesmos. Mas e quando não acreditamos em nós? Quando já nos enganámos tantas vezes que perdemos a nossa auto-confiança? Que resta de um ser que caia nessa situação?

È complicado errar e ter consciência que poderia ter sido de outra maneira... Mas no final de o erro estar feito não vale de nada pensar assim. A ideia é pensar, pela própria experiência e pela experiência observada nos outros, em não cometer erros... Não que sejamos perfeitos, ninguém o é! Mas é diferente cometer erros que não estavam calculados antecipadamente do que cometer erros que já sabíamos, à partida, de que eram possíveis de acontecer. Se eu sei que ao fazer "isto mais aquilo" certamente vou cometer um erro, não devo fazer. Parece fácil, mas é comum dos seres humanos fazerem este tipo de erros. De que nos vale esta tal inteligência se perante uma analogia tão fácil de fazer nos vemos constantemente desacordados com ela?

Não sou perfeita, ninguém o é! Mas a minha missão é acreditar que sou mais forte que as minhas fraquezas... Afinal são fraquezas, não são?

Sem comentários :