terça-feira, junho 21, 2005

Um olhar entre almas!

Percorri os caminhos da minha alma entrestecida pelos meus erros. O tunel desconhecido dos meus porquês. Nela se deleitam todas as minhas vivências e pensamentos, os meus sonhos e as minhas desilusões. Posso encontrar dor e prazer, saudade e esquecimento...
Faz-nos bem conhecê-la, mas também magoa!
O mundo vive na superficialidade de uma existência social. Cria regras generalizadas e esteriótipos de vida, encaixando cada ser nesses modos de vida. O que não se lembra é que todos têm uma alma e cada um tem que viver com ela e com tudo o que ela carrega. E as almas não são iguais...
O meu olhar denuncia a minha essência e tudo o que o momento simboliza para mim. Quem consegue olhar-me nos olhos e enchergar-me verdadeiramente reconhece-me não pelo que parcialmente mostro, mas pelo que realmente sou e sinto! Mas poucos são os olhares que se trocam pelo mundo fora que procuram uma pessoa em toda a sua totalidade. Quase toda a troca de olhares se fica pela necessidade ou mesmo obrigação de olhar e não com o interesse de conhecer e respeitar. As almas estão escondidas nesses olhares solitários e abandonados pelo mundo. Quem se rala com isso? Quem procura conhecer o que está por detrás de um simples olhar decorado com um sorriso ou uma lágrima?
Hoje tentei ir ao fundo do meu ser... E reparei que eu mesma tenho que me investigar. Tenho coisas para amar eternamente e outras para perdoar. As nuvens que por vezes me cobrem o olhar fazendo-me chorar estão lá porque ainda não libertei tudo o que tinha para libertar. O meu olhar pode sorrir mas também tem que chorar.
Ver-me ao espelho pode ajudar. Ver os meus olhos, olhar para dentro deles e procurar a sua mensagem. Mas um olhar de uma outra alma olhar para nós consegue ver o que o nosso reflexo não nos deixa ver. Sozinhos é mais dificil encontrarmo-nos nos caminhos da nossa alma!

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