sexta-feira, junho 03, 2005

Simples negação do evidente!

Filtro o meu olhar por entre desejos e condições. Navego pelas indecisões do espaço que me rodeia... E encontro-me nas embuscadas da vida ofegante que me contém.
Como o vento corre pelas coisas sem as viver também o meu ar me percorre sem me reconhecer. Instálo-me nas percursões constantes do ritmo do meu coração e aceito apenas as linhas concretas da minha razão. Serei feliz assim? Talvez procure a sombra que acumule todo o brilho do sol que dispara de todo o meu ser. Esse de que me escondo para não guardar as suas marcas doridas na minha pele. O vermelho do fogo que me queima, não por existir mas por ser o testemunho vivo da minha essência. Terei a felicidade tanto em brasa que me queimo mesmo sem querer?
Já me encontrei nadando pelas profundezas do desconhecido e emergi da desconsolação do indefinido com que não me identificava. No entanto continuo temendo os braços consolantes que me conquistam.
Uma procura que se prolonga pela necessidade de procurar. Um olhar confuso sobre o mais simples horizonte. No fundo uma incerteza pensada que podia não existir!

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