segunda-feira, maio 01, 2006

Que estranhas palavras

Que confusão amar...
Que confusão sentir o medo de ter e o de perder.
Que sentimentos fortes e fracos me invadem.
Que revolução de ser e existir em mim se gera,
Que dúvidas me assaltam e detonam, em mim, a minha insegurança...
Estranho mundo de emoções,
Ardente certeza das incertezas
Calma inquieta que quer ser só por ser.
Sinto que me enfraquece e me conquista,
Consome em mim a minha paz
Derrota-me com um sorriso
e destrói-me num longo silêncio.
Quero e entrego a minha voz a essa vontade
Dispo a minha alma e o meu corpo
Só quando espreita o frio me contenho
Sou, mas deixo de ser porque receio.
Desajeitada forma de amar
Como todas as outras que conheço
Sincera e perdida em confiança
Temendo o passo que tomba em direcção ao vazio
Doidas, sedentas e ambiciosas formas de pensar e de sentir
Corações que batem e que se cansam
Vontades que lutam e se enfrentam
Saudades, carências e luto do tempo
Que palavras tão vagas e tão sentidas
Que discórdia de vida e de caminhos
Que sabor suave que se sente
Que segredo amar sem saber...

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