sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Eu mesma...

O tempo passa pelas nossas vidas e com o seu decorrer cada vez somos mais nós. Temos um pouco de tudo o que o mundo nos foi revelando, mas as nossas escolhas fizeram-nos seleccionar o que queremos ser!

Sinto, em cada dia que passa, uma descoberta de mim e um assumir de virtudes e defeitos. Tanto consigo sentir uma tristeza imensa como uma alegria reconfortante. No fundo tenho que gostar da pessoa que me tornei, mas conseguirei fazer o equilíbrio dos lados escuros que possuo com os mais coloridos? Através das coisas boas, que sei que sou, consigo ter forças para seguir e avançar sem medo. Acredito nos meus valores e estou certa de que os tento seguir em todas as minhas decisões. No entanto, existe uma parte de mim que carrega a dor dos meus erros e defeitos que não consigo mudar, apesar da consciência deles. Sinto uma frustração enorme por não me ter tornado na pessoa que um dia sonhei ser, por ter deixado para trás sonhos que me preenchiam na troca de caprichos irresponsáveis que não dominei. Jamais esquecerei essas perdas... Não sei se o meu problema é não me perdoar... Mas tenho medo que o mundo também não me perdoe.
Tenho uma vontade enorme de me isolar como se me pudesse proteger do meu orgulho. O orgulho que me deixa estas marcas e que tenho tanta dificuldade de controlar.

São dias assim que me trazem a agonia de não conseguir. O medo, a frustração! Mas são estes dias que mostram como sou fraca e como preciso de mudar. Ainda nada está definido... Tudo está por decidir!

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