terça-feira, abril 26, 2005

As minhas palavras

O que faço eu às palavras quando as uso para pintar uma história? Que diferença tem de quando as uso para contar? E para inventar?
Transformo o mais simples no mais complicado e vice-versa, uso o que cada palavra tem e o que não tem e crio algo novo que só eu consigo decifrar. Escrever para libertar ideias que raras vezes assumimos na nossa vida habitual (ou dominante), eleva-nos a um lado que nos completa, faz-nos ver o que tanto queremos ser, sentir, ver, de uma forma que vivendo não pode acontecer. Acontece apenas nas linhas que escrevemos.
Tenho o meu mundo físico que inclui o meu corpo e a minha racionalidade, que controla a minha existência, e o meu mundo espiritual que não divulgo senão pintando uma história.
Duas vidas! No fundo tenho duas vidas. Uma que vive para o mundo e outra que vive dentro de mim. E uma delas, e só apenas uma delas posso viver... A outra em palavras...

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