quinta-feira, março 31, 2005

Pertenço à noite!

De novo no dia... A luz pesando sobre os meus olhos e sobre todo o meu espírito que abandona o seu estado natural... A noite!
Na noite deito o meu corpo e toda a minha essência. Não só descanso de todo o exercício físico do dia, como das tentativas da minha alma sobreviver a esta vida, dia-após-dia. Repouso os meus pensamentos na mesma almofada que adormece o meu corpo e deixo-me levar pelo instinto... Sonho o que consigo imaginar e o que não consigo. Encontro-me mais perto de mim, de todos os sentimentos que à luz do sol me recuso a sentir, dos medos e receios que só a noite ilumina e revela do meu ser... Nessa noite, que todas as noites me recebe, a tranparência do meu ser deixa-me tão leve que consigo voar e chegar aos destinos que caminhando de dia não consigo.
Cada vez mais, descubro que pertenço à noite e que ela é o meu aconchego, o meu berço, que nela me entrego a mim mesma sem hipócrisias.
É na escuridão solitária da noite que consigo ver a minha cor!

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