quinta-feira, março 16, 2006

Não sei...

Este céu não é o meu
Esta luz não é a minha
Faço do vento a minha tempestade
Refresco os meus pensamentos na chuva intensa que me arrasta

Divino sol que me conquista
E mero acaso da tristeza
Forte turbilhão de ideias
Que desce devagar por entre a noite

Caio sem brilho ou sonhos ou desejos
Afundo-me nos pântanos da minha vontade
Embalo o sono com o bater da chuva
E fecho o olhar da mente num instante

Esta noite que não é minha
Acorda em mim como um segredo
Desfaz-me e mistura-me com o suspiro dos céus
Que se escuta no meio da tempestade.

São loucas, são fortes, são vivas
Estas lágrimas do céu que me encharcam
Essas lágrimas que apagam as cores
Que navegam por caminhos esquecidos

É uma voz dos céus que me perfura as emoções
Com sons da chuva e sons de vento
Fúria dos céus ou pura magia
Que em mim se inventa, em mim se cria...

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